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Dólar Hoje (18/11): Aversão ao Risco e Fed Hawkish Empurram USD/BRL para R$ 5,35
Resumo:O dólar comercial iniciou esta terça-feira em território positivo frente ao real brasileiro, refletindo um movimento global de maior procura por ativos seguros em um ambiente marcado pela cautela dos investidores. Às 9h10, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,336 na venda, com alta de 0,08%, enquanto o contrato futuro para dezembro — o mais líquido na B3 — avançava 0,20%, cotado a R$ 5,350.

Publicado em 18/11/2025
O dólar comercial iniciou esta terça-feira em território positivo frente ao real brasileiro, refletindo um movimento global de maior procura por ativos seguros em um ambiente marcado pela cautela dos investidores. Às 9h10, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,336 na venda, com alta de 0,08%, enquanto o contrato futuro para dezembro — o mais líquido na B3 — avançava 0,20%, cotado a R$ 5,350. Essa valorização ocorre em linha com a maioria das moedas emergentes, que também perdem terreno diante do fortalecimento do dólar index (DXY), que se mantinha estável próximo de 99,52 após interromper uma sequência de quatro quedas consecutivas na sessão anterior. No Brasil, o dólar turismo operava com compra em R$ 5,328 e venda em R$ 5,508, destacando o prêmio adicional cobrado nas transações em papel-moeda para viagens e remessas internacionais.
Panorama da Cotação do Dólar Hoje
A sessão de hoje é dominada pela aversão ao risco global, impulsionada pela reprecificação das expectativas em relação à política monetária do Federal Reserve. Após o encerramento do shutdown governamental mais longo da história dos EUA, com 43 dias de paralisação, o mercado finalmente começa a digerir os dados macroeconômicos atrasados, que trazem maior visibilidade sobre o rumo dos juros americanos. Na véspera, o dólar já havia fechado em alta de 0,66%, a R$ 5,331, refletindo o pessimismo crescente quanto a um corte de juros em dezembro. Hoje, essa tendência se consolida, com o USD/BRL testando níveis acima de R$ 5,34, um patamar que não apenas pressiona importadores e viajantes, mas também impacta diretamente a inflação brasileira ao encarecer produtos importados e commodities cotadas em dólar.
No acumulado do mês, o dólar ainda registra queda de 0,9% frente ao real, mas a perda anual chega a expressivos 13,73%, consolidando o real como uma das moedas emergentes de melhor desempenho em 2025. Esse comportamento reflete, em parte, a resiliência dos fundamentos brasileiros, como a desaceleração da inflação e as expectativas de cortes futuros na Selic, mas o cenário externo tem dominado o curto prazo. A Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal para combater fraudes em instrumentos de crédito, adiciona ruído doméstico, com a prisão do presidente do Banco Master e a liquidação extrajudicial da instituição anunciada pelo Banco Central, o que reforça a percepção de risco no sistema financeiro nacional e contribui para a volatilidade cambial.
Impacto das Expectativas sobre o Federal Reserve e Dados de Emprego nos EUA
O grande catalisador da alta do dólar hoje reside nas sinalizações mais hawkish vindas de dirigentes do Fed. A ferramenta FedWatch do CME Group indica que a probabilidade de manutenção das taxas de juros no intervalo atual de 3,75% a 4% na reunião de dezembro subiu para 55,6%, enquanto apenas 44,4% dos investidores ainda apostam em um corte de 0,25 ponto percentual. Essa mudança de humor ocorreu após declarações recentes de membros do comitê, que destacaram a dificuldade de alcançar a meta de inflação de 2% e a necessidade de uma postura reativa baseada em dados. Hoje, o mercado repercute discursos de Michael Barr, vice-presidente de supervisão do Fed, e de Thomas Barkin, integrante do Fomc, que podem reforçar ou moderar esse tom contracionista.
O relatório ADP de vagas no setor privado, divulgado nesta manhã, ganha peso extra como prévia do payroll oficial, marcado para quinta-feira. Qualquer sinal de aceleração no mercado de trabalho americano tende a fortalecer o dólar, pois reduz as chances de afrouxamento monetário e atrai fluxos para os Treasuries, considerados ativos seguros em ambientes de juros elevados. Por outro lado, dados fracos poderiam reacender apostas dovish, aliviando a pressão sobre moedas emergentes como o real. O relatório One Review, da One Investimentos, aponta que o Fed voltou a adotar uma postura totalmente dependente dos dados, abandonando sinalizações mais claras de cortes consecutivos observadas após a reunião de outubro, quando as taxas foram reduzidas em 0,25 p.p. pela segunda vez seguida.
Fatores Domésticos e a Operação Compliance Zero no Radar dos Investidores
No front brasileiro, a agenda econômica aparece esvaziada nesta semana, deixando o câmbio refém do exterior. No entanto, a Operação Compliance Zero da Polícia Federal injeta incerteza adicional, ao investigar a emissão fraudulenta de instrumentos de crédito por instituições do Sistema Financeiro Nacional. A prisão de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, e a decretação de liquidação extrajudicial pelo BC abalam a confiança no setor bancário médio, podendo elevar spreads de crédito e impactar indiretamente o fluxo cambial. Analistas como Bruno Shahini, da Nomad, destacam que o dólar se fortalece respaldado pela valorização global da divisa, em um cenário de dúvidas sobre indicadores americanos atrasados pelo shutdown, mantendo investidores mais cautelosos.
Dólar em Contexto Global: Moedas Emergentes Sob Pressão e Ibovespa em Queda
O movimento de alta do dólar não é isolado ao Brasil. A maioria das moedas emergentes perde terreno, com o DXY sustentando-se em patamares elevados graças ao diferencial de juros favorável aos Estados Unidos. Na Europa e Ásia, índices operam no vermelho, refletindo temores de bolha no setor de inteligência artificial e cautela antes de resultados corporativos como os da Nvidia. O Ibovespa futuro recuava 0,58% às 9h08, acompanhando o exterior e pressionado pela expectativa de juros americanos elevados por mais tempo, o que reduz o apetite por ativos de risco como ações brasileiras.
Análise Técnica Detalhada do USD/BRL
Do ponto de vista gráfico, o USD/BRL trabalha em zona de força altista de curto prazo. O par rompeu a resistência imediata em R$ 5,33 e agora mira a marca psicológica de R$ 5,35, com extensão possível para R$ 5,360 caso o dólar global continue ganhando tração. Suportes chave estão posicionados em R$ 5,31 (mínima da véspera) e R$ 5,28, coincidindo com a média móvel de 50 períodos no gráfico diário. O RSI de 14 períodos aponta para sobrecompra moderada, sugerindo espaço para continuação do movimento ascendente, mas com risco de pullback caso os discursos do Fed tragam nuances dovish inesperadas.
Perspectivas para o Resto da Semana e Riscos no Horizonte
Os próximos dias prometem alta volatilidade, com o payroll americano na quinta-feira como evento principal. Um número forte de criação de vagas reforçaria o cenário hawkish, podendo levar o USD/BRL a testar R$ 5,40 até o final do mês, alinhando-se às projeções atualizadas do Boletim Focus, que elevou a estimativa de dólar para o fim de 2025 a R$ 5,40. Por outro lado, dados fracos reacenderiam apostas em corte de juros, favorecendo o real e pressionando o câmbio para abaixo de R$ 5,30. No Brasil, a continuidade das investigações da PF e eventuais intervenções do BC via swaps cambiais serão monitoradas de perto.
Conclusão: Alerta ao Investidor Forex
O dólar hoje consolida ganhos em um ambiente de aversão ao risco global e expectativas hawkish do Fed, cotado acima de R$ 5,33 e com potencial para novas altas. Para traders brasileiros, o momento exige gestão rigorosa de risco, com atenção especial aos discursos do Fed e ao payroll. Antes de posicionar-se no USD/BRL ou pares correlacionados, verifique sempre a regulamentação da corretora utilizada — ferramentas como o WikiFX SkyEye ajudam a identificar plataformas confiáveis e evitar fraudes comuns no mercado Forex. Em tempos de volatilidade elevada, a proteção do capital deve ser prioridade absoluta.
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