Resumo：O mercado Forex inicia a semana entre 28 de setembro e 4 de outubro de 2025 em um contexto de alta volatilidade, marcado por novos recordes em ativos como ouro e prata, dúvidas sobre a resiliência da economia dos EUA e sinais preocupantes vindos de economias como a da Nova Zelândia. O dólar americano, que vinha apresentando força consistente, segue no centro das atenções, impulsionado pela expectativa de novas decisões do Federal Reserve e pela interpretação dos investidores diante dos principais indicadores econômicos.
Publicado em 28 de setembro de 2025
Panorama Geral do Mercado Global
O mercado Forex inicia a semana entre 28 de setembro e 4 de outubro de 2025 em um contexto de alta volatilidade, marcado por novos recordes em ativos como ouro e prata, dúvidas sobre a resiliência da economia dos EUA e sinais preocupantes vindos de economias como a da Nova Zelândia. O dólar americano, que vinha apresentando força consistente, segue no centro das atenções, impulsionado pela expectativa de novas decisões do Federal Reserve e pela interpretação dos investidores diante dos principais indicadores econômicos.
Os destaques da semana incluem a divulgação do payroll (emprego não agrícola dos EUA), que pode redefinir expectativas sobre o rumo da política monetária americana, além dos PMIs globais e do comportamento das commodities estratégicas, como o petróleo WTI.
Força Do Dólar Americano e Perspectivas Para o DXY
O Índice Dólar (DXY) registrou uma forte recuperação nas últimas semanas, revertendo a tendência de baixa de longo prazo que vinha se consolidando. A leitura do gráfico semanal mostrou o candlestick mais altista dos últimos dois meses, sustentado por expectativas menos agressivas de cortes de juros nos EUA.
Apesar disso, o movimento encontra resistência técnica relevante na região de topos recentes, onde muitos vendedores têm se posicionado. Essa dinâmica cria um ponto de inflexão: se o DXY romper resistências próximas, pode consolidar um novo ciclo de valorização. Por outro lado, a permanência da alta do ouro e da prata sugere que parte do mercado ainda busca proteção contra possíveis incertezas.
EUR/USD: Pressão de Correção Após Quebra de Canal
O par EUR/USD apresentou correção após semanas de valorização, rompendo uma linha de tendência de alta de longo prazo. O movimento, embora ainda contido, trouxe o euro para patamares próximos de 1,1586, um suporte técnico-chave.
Caso o suporte em 1,1497 seja perdido, abre-se espaço para uma correção mais profunda rumo a 1,1394. No entanto, se o euro conseguir retomar a faixa de 1,1775, pode voltar a desafiar a resistência de 1,1917–1,2020, que seria crucial para qualquer retomada de força.
Para traders brasileiros, essa movimentação sinaliza oportunidades de operações de swing trade, principalmente para quem aposta em volatilidade em torno da divulgação do payroll.
NZD/USD: Queda Acentuada e Risco de Recessão
O dólar neozelandês (NZD) tem sido um dos piores desempenhos entre as moedas do G10, com quedas acentuadas após a divulgação de um PIB trimestral de -0,9%, muito abaixo das expectativas. Isso reforça os temores de uma recessão, o que aumenta a pressão para cortes agressivos de juros pelo Banco Central da Nova Zelândia.
O par NZD/USD fechou a semana próximo às mínimas, evidenciando forte pressão vendedora. Tecnicamente, há possibilidade de recuperação no curto prazo devido ao nível de suporte testado, mas o viés fundamental segue amplamente negativo.
Para investidores de Forex no Brasil, o NZD pode ser um dos ativos mais interessantes para estratégias de short selling nas próximas semanas.
USD/CAD: Sinal de Recuperação e Olho no Petróleo
O USD/CAD mostrou resiliência, sustentando-se acima de um triplo fundo no gráfico diário. Esse padrão é considerado um forte sinal de alta, principalmente quando alinhado à recuperação do dólar americano.
No entanto, a barreira psicológica de 1,4000 permanece como o grande desafio para o par. A valorização recente do petróleo WTI, que avançou para a faixa de 64,77 dólares, pode dar algum suporte ao dólar canadense, mas até agora o impacto tem sido limitado.
Esse par é um dos mais interessantes da semana, especialmente para quem acompanha a correlação entre commodities e moedas ligadas a exportações de energia.
Ouro e Prata: Brilho dos Metais Preciosos
O ouro (XAU/USD) renovou recordes históricos, alcançando patamares próximos de 3.800 dólares por onça, embora tenha fechado a semana um pouco abaixo desse nível. O movimento confirma a força da tendência de longo prazo, mas o surgimento de sombras superiores nos candles semanais sugere cautela, indicando a possibilidade de correções de curto prazo.
A prata (XAG/USD) foi o grande destaque, disparando mais de 6% em uma semana e alcançando 47 dólares, nível não visto desde 2011. A performance muito superior à do ouro faz da prata um ativo ainda mais interessante, tanto do ponto de vista especulativo quanto de hedge.
Para os traders brasileiros, é importante acompanhar também as cotações em reais:
- Ouro (XAU/BRL): segue acima de R$ 19.000 por onça, impulsionado pela valorização internacional e pela oscilação do dólar.
- Prata (XAG/BRL): valorização proporcional ainda maior, reforçando seu papel como ativo de proteção e especulação.
Índices Americanos: S&P 500 e Nasdaq em Níveis Históricos
Os principais índices dos EUA continuam a surpreender. O S&P 500 e o Nasdaq 100 renovaram máximas históricas, apesar da pressão vinda da valorização do dólar. O S&P 500, em especial, acumula alta de 36% desde o fundo de abril, quando os mercados despencaram diante da crise tarifária.
Ainda que haja sinais de exaustão no curto prazo, apostar contra essa tendência se mostra arriscado. Para o trader de Forex, o impacto se dá principalmente na correlação entre fluxo de capitais para ativos de risco e o comportamento do dólar.
Petróleo WTI: Recuperação e Narrativa Geopolítica
O petróleo WTI voltou a subir e fechou a semana próximo de 64,77 dólares, após ter testado níveis acima de 66 dólares. O movimento foi sustentado por dois fatores principais:
- Tensões geopolíticas envolvendo incursões russas em espaço aéreo da OTAN.
- Surpresa positiva no PIB americano, revisado para 3,8%.
Tecnicamente, o petróleo se encontra em uma zona de consolidação, mas com viés altista no curto prazo. O intervalo projetado para a semana é entre 63,40 e 66,50 dólares.
A valorização do petróleo impacta diretamente pares como USD/CAD e USD/MXN, além de refletir sobre as moedas de países emergentes exportadores de energia.
Impacto Para Traders Brasileiros
Para o investidor brasileiro, a semana traz uma combinação de oportunidades e riscos:
- Cenário interno: o real (BRL) segue pressionado pela instabilidade fiscal e pelas expectativas em torno da política de juros do Banco Central do Brasil. Isso amplifica a volatilidade dos pares USD/BRL e XAU/BRL.
- Cenário externo: a força do dólar americano e a disparada da prata criam cenários de arbitragem interessantes para quem busca operar pares cruzados.
- Diversificação: ativos como petróleo e índices americanos também devem ser acompanhados, já que suas tendências afetam moedas emergentes e o apetite global por risco.
Conclusão: Semana de Alta Volatilidade e Oportunidades
O mercado Forex nesta semana (28/09 a 04/10) se apresenta como um verdadeiro campo de oportunidades para traders atentos. O cenário combina a força renovada do dólar, o brilho dos metais preciosos, a recuperação do petróleo e as incertezas ligadas a dados-chave da economia dos EUA.
Para os traders brasileiros, estar atento aos pares exóticos e cruzados, além dos clássicos EUR/USD, USD/JPY e USD/BRL, pode ser o diferencial entre ganhos expressivos e perdas inesperadas.
